No passado sábado, dia 18 de novembro, a Associação de Auditores dos Cursos de Defesa Nacional (AACDN) organizou uma visita ao Mosteiro de São Vicente de Fora, dando continuidade ao seu plano cultural.
O evento contou a presença de vários associados, familiares e amigos, bem como de antigos e atuais elementos dos órgãos sociais da AACDN. A visita foi, cordialmente, guiada pela ilustre coordenadora do Mosteiro de São Vicente de Fora, Joana Santos Coelho, que enriqueceu muito toda a experiência.
Durante o cerco a Lisboa, em 1147, D. Afonso Henriques prometeu que, caso conseguisse conquistar a cidade, mandaria erguer um mosteiro dedicado a São Vicente, um santo muito venerado entre os moçárabes. Esse mosteiro foi fundado, ainda, no mesmo ano, do lado de “fora” das muralhas da cidade, dando origem ao nome.
No entanto, o Mosteiro de São Vicente de Fora como hoje o conhecemos, muito deve à Dinastia Filipa, que teve início em 1580. A reconstrução do Mosteiro projeto teve como principais impulsionadores, os arquitetos Filippo Terzi, Juan Herrera e Baltazar Álvares, e é considerada a primeira grande construção Maneirista em Portugal, que serviu de modelo a outras edificações religiosas.
Já todo o recheio artístico decorativo que é possível observar atualmente, só veio a ser atribuído ao Mosteiro nos reinados de D. Pedro II e D. João V, nos séculos XVII e XVIII, nomeadamente os painéis de azulejos inconfundíveis.
O Mosteiro serviu diversos propósitos de ordem religiosa até aos finais do século XVIII. No século XIX passou a pertencer ao Estado e nele foi instalado o Liceu Gil Vicente, entre outros serviços estatais. Atualmente, o Mosteiro funciona como Panteão Real da Família Bragança e Panteão dos Patriarcas de Lisboa.
Existem, ainda, alguns segredos escondidos dentro do o Mosteiro de São Vicente de Fora. Como por exemplo, a passagem de Santo António pelo Mosteiro, quando o mesmo ainda era ocupado pela Ordem Regrante de Santo Agostinho. Hoje em dia, existe a Capela de Santo António, que marca o lugar onde se pensa ter sido a sua cela. O Mosteiro foi, também, a casa do Liceu Gil Vicente, o primeiro liceu da República Portuguesa. O monumento alberga, atualmente, a maior coleção de azulejos barrocos de Portugal e a segunda maior do mundo.
A visita ao Mosteiro de São Vicente de Fora foi uma experiência enriquecedora para todos os presentes e marcou a continuidade das atividades culturais da AACDN. Futuramente, serão divulgadas, para com todos os associados, novas atividades culturais, entre outros eventos.