Foi um momento especial, em que os Capitães de Abril tiveram um papel determinante. A revolução que foi na sua essência pacífica, ficou para a história como a Revolução dos Cravos. E tod@s temos o dever de celebrar este dia como o Dia da Liberdade.
É verdade que a democracia para ser consolidada e servir as pessoas, todas as pessoas, tem de ser construída todos os dias, tem de ser aperfeiçoada e envolver mais os jovens e as mulheres, mas também as gentes de outras terras que escolheram Portugal para viver, para ser a sua “Casa”.
Celebrar a liberdade e a democracia é também valorizar a tolerância, a solidariedade, o pensar diferente, a humildade, o respeito, a responsabilidade. É acreditar que podemos construir um mundo melhor, um mundo sem medo, um mundo em que a paz prevaleça sobre as guerras, um mundo em que as pessoas sejam respeitadas na sua dignidade, na sua existência e em que as liberdades, direitos e garantias sejam uma realidade.
Existem muitos desafios à nossa democracia, Mas este não é o momento adequado para falarmos deles. Hoje quero apenas deixar-vos uma mensagem positiva. Uma mensagem de confiança e de esperança. Uma mensagem de profunda gratidão a todos e cada um de vós, por todos os dias contribuírem para reforçar a nossa democracia e nossa liberdade.
Tenho um orgulho enorme em representar todos os associados da nossa AACDN. Sei que são um exemplo de resiliência e de defesa dos nossos valores humanistas na construção permanente da democracia.
Junto a este breve texto, um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen de 1974:
25 de Abril
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substâncias do tempo.
Bem-hajam,
Obrigado.
Miguel Guimarães
Presidente da AACDN